Imagine-se começando a vida ao lado da pessoa amada e um lindo filho recém-nascido. Em uma viagem qualquer de carro, ocorre um acidente e, de repente, você ganha um dom estranho: o de viver sem envelhecer. O que, à primeira vista, parece maravilhoso, já que não envelhecer significa poder aproveitar mais tempo a vida, se torna uma maldição, pois todos aqueles que se ama, invariavelmente, acabam perecendo.
Em linhas gerais, esse o enredo de A incrível história de Adaline, filme que está em cartaz nos cinemas brasileiros. O grande acerto da produção é centrar a trama em torno das angústias da personagem principal, que sente o prazer de ver os anos passarem sem nenhuma mudança física e, simultaneamente, a tristeza de ver seus entes queridos seguindo para um destino diferente do seu.
A falta de objetivos na vida eterna da protagonista vai ser posta em cheque no momento em que ela encontra um novo amor. Ela, que vivia reclusa e se recusava a aproximar-se de alguém sabendo que a dor da perda seria inevitável, deixa-se levar pela paixão cujas consequências fogem totalmente do seu controle.
Adaline é interpretada pela atriz Blake Lively, pouco conhecida do público brasileiro mas que fornece à personagem principal da história uma credibilidade que faz o espectador esquecer um pouco o absurdo do enredo. No elenco, ainda destaca-se Harrison Ford, em um papel bem diferente dos tradicionais heróis de ação pelos quais o ator ficou famoso.
O filme propõe uma reflexão sobre a vida, a morte, o amor e a família e deixa com o espectador a decisão de julgar se a imortalidade é um benção ou uma punição.
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