Em um momento onde o mercado de luxo regista crescimento lento, os consumidores de hiperluxo, capazes de sustentar aumentos de preços, representam hoje mais de 40% do volume de negócios das Maisons, mas será que dá pra apostar todas as fichas neles? Um estudo da empresa McKinsey & Company respondeu essa pergunta. E a resposta é: não!
Segundo a pesquisa, “Embora os aumentos de preços e o foco nos consumidores mais ricos possam ajudar a aumentar as receitas no curto prazo, estas estratégias podem dificultar o crescimento a longo prazo se aplicadas isoladamente ”, alertam Gemma D’Auria, Chiara Laudanna, Arianna Pileri e Elena Pizzocaro, co-autoras de Por que dar atenção aos consumidores de luxo aspiracionais ainda é importante?. Rodado em sete mercados – China, EUA, França, Alemanha, Itália, Suíça, Reino Unido – o foco foram nos Consumidores Aspiracionais de Luxo (CAL), ou seja, aqueles que gastam entre 3.000 e 10.000 euros por ano em pelo menos um produto de luxo, nos últimos seis meses.
O que o estudo constatou foi que esses consumidores são bem mais jovens do que se esperava, 60% deles teriam por volta dos 35 anos. Além disso, esses consumidores gostam dos famosos “pequenos luxos”, ou sejam, produtos de beleza e itens mais acessíveis, mas os artigos de moda continuam sendo a prioridade e onde investem 33% do seu dinheiro, contra 20% para cosméticos, por exemplo.
Além disso, a McKinsey & Company mostrou que os CALs são fiéis às Maisons que mais gostam, cerca de 75% compram de no máximo quatro marcas, e que a qualidade é o principal atributo para investir mais em uma peça, sendo assim, preferem as grandes Maisons do que as chamadas marcas de “luxo acessível”. Pra finalizar, percebeu-se também apenas 30% deles gostam de produtos com logotipos, ou seja, nada de ostentação.
O estudo completo pode ser encontrado aqui.
