A marca de luxo britânica Burberry está prestes a ser rebaixada na Bolsa de Valores de Londres. Após 15 anos entre as 100 empresas mais valiosas, a grife deixará o FTSE 100 no dia 23 de setembro de 2024, sendo movida para o FTSE 250, que lista as empresas de 101ª a 350ª posições em termos de valor de mercado.

O principal motivo do rebaixamento é a queda nas vendas da marca nos últimos meses, que foi impactada pelo enfraquecimento do mercado global de luxo. No último ano fiscal, encerrado em março de 2024, Burberry registrou uma queda de 4% nas receitas, totalizando 2,97 bilhões de libras esterlinas.

Apesar desse cenário negativo, a marca ainda tem esperanças de que o segundo semestre de 2025 traga melhores resultados, impulsionados por estratégias de reestruturação já em andamento.

Para tentar contornar essa situação, Burberry está investindo em uma nova fase criativa e na reorganização de sua gestão. A marca aposta na visão “Modern British Luxury” de Daniel Lee, diretor artístico há dois anos, e no novo CEO Joshua Schulman, que assumiu o cargo após a saída de Jonathan Akeroyd.

Além disso, Burberry reforçou sua equipe com nomes estratégicos. Jonathan Kiman foi nomeado Chief Marketing Officer, enquanto Laura Dubin-Wander será a nova presidente de operações nas Américas, uma região onde a marca enfrentou uma queda de 19% nas vendas no ano passado.

A expectativa é que essas mudanças tragam uma recuperação para a Burberry e ajudem a marca a retomar seu lugar de destaque no mercado de luxo global.