Por motivos históricos a geográficos, a Itália é um dos maiores produtores e exportadores de vinho do mundo. Dados referentes a comercialização da bebida indicam que 70% do faturamento do país vem de mercados fora da União Europeia e, somente entre os clientes asiáticos, o vinho italiano apresentou um crescimento de 130%.
O interesse dos consumidores mundiais pelo vinho italiano contribui para consolidar ainda mais a bebida como um segmento importante e estratégico dentro do mercado de luxo. Para entender como os novos hábitos de consumo estão impactando o setor e, principalmente, as expectativas e desafios que os produtos enfrentam, a Bain & Company produziu um relatório tendo o tema como foco principal.
O documento intitulado “Fine Wines and Restaurants Market Monitor” indica que o mercado de vinhos de alto padrão pode atingir valores entre 35 a 40 bilhões de euros até o ano de 2030, com uma taxa de crescimento anual entre 4 e 6%. É interessante observar que, especialmente devido a inflação em alguns países, o segmento registrou declínio no último ano.
Para manter os bons resultados, entender as novas demandas de consumo serão fundamentais. Claudia D’Arpizio, sócia da Bain & Company e uma das responsáveis pela pesquisa, afirmou que os vinhos “estão na intersecção entre luxo, celebração e investimento”.
De forma objetiva, isso indica que muito além do prazer de saborear uma bebida milenar e que se reinventa a cada novo ciclo, os apreciados de vinho buscam experiências que agregam valor à sua jornada. E, como os clientes comprovam constantemente, a geração de experiências é uma das mais valiosas estratégias no mercado de luxo contemporâneo.