A cinematografia atual é constituída por filmes que, normalmente, o expectador já sabe como terminará após alguns minutos de exibição. Quer sejam as comédias adolescentes com o seu festival de estereótipos, os filmes de ação em que o herói triunfa após sofrer maus bocados ou as produções de terror que retratam uma maldada que, de tão comum, é preferível não ver, o universo cinematográfico sobrevive repetindo fórmulas que há muito deixaram de ser novidade.
Mas, há filmes que vez por outra surpreende o público como uma brisa refrescante em meio ao calor de um deserto. Produção que não se limitam apenas aos seus minutos de projeção e dão margem a animadas conversas após a sessão. Expresso do Amanhã, em cartaz nos cinemas brasileiros, é uma dessas gratas surpresas que encantam os expectadores na mesma medida em que dão lucro a seus realizadores.
Baseado em uma produção coreana, o filme conta a tragédia humana em um futuro no qual o planeta está completamente congelado. A única esperança está em um trem que viaja em alta velocidade e leva em seu interior as últimas pessoas vivas. Entretanto, a solidariedade é um sentimento que muitos não aprendem nem com o fim do mundo, já que grande parte dos viajantes vive muito mal enquanto uma pequena parcela se regozija com o que há de melhor.
Chris Evans, o Capitão América dos filmes da Marvel, é o líder do grupo que ao propor uma revolução dentro do trem, ratifica o eterno desejo humano de um mundo melhor e mais justo. Se o trem é a história, cabe a todos os seus passageiros tomar seus assentos e assumir o inevitável protagonismo a que todos são submetidos por compartilhar sua experiência no mundo. Um pequeno grande filme que vale, com toda a certeza, o preço do ingresso.
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