Há quem afirme que todas as histórias são de amor. No século XX, se existe uma trajetória de vida que se encaixa com perfeição nesse conceito é a da atriz Grace Kelly. Talentosa, belíssima, dona de um Oscar e adorada por milhões de fãs em todo o mundo, Grace, no auge da fama, abandona o cinema para se casar com o príncipe Rainier III de Mônaco. Mais surpreendente que um conto de fadas, já que aconteceu na vida real, a princesa de Hollywood, entretanto, sofrerá até encontrar o seu final feliz.
Essa é a trama de Grace de Mônaco, filme em exibição nos cinemas brasileiros. Como fica claro logo no início da produção, o filme foi apenas inspirado em fatos reais, ou seja, a história de amor é mais importante que a história real. É bom entender isso para compreender que o diretor Olivier Dahan deixa um pouco de lado os dramas do mundo real para focar suas lentes no que de mais belo e luxuoso existe nos contos de fadas.
Insatisfeita com a ociosidade da vida após o casamento, Grace Kelly se sente motivada a voltar ao cinema após o convite do diretor Alfred Hitchcock para que a princesa seja a estrela do seu novo filme. Dividida entre a vontade de brilhar novamente nas telas grandes e o distanciamento cada vez maior do marido, que se concentra em resolver uma questão política com o presidente francês Charles de Gaule, Grace novamente precisa fazer uma escolha que mudará sua vida.
A princesa é interpretada com uma presença de espírito cativante pela atriz Nicole Kidman, e o enérgico príncipe Rainier III recebe do ator Tim Roth uma dedicação convincente. Se os aficionados por história vão se decepcionar um pouco, os românticos vão se emocionar com a vida da atriz que se tornou princesa, mas que nunca deixou de acreditar que o amor é uma força motriz capaz de mover a tudo e a todos.