O Brasil não está entre as dez nações com os maiores índices de consumo de vinhos no mundo. Na realidade, se levarmos em conta o consumo per capita da bebida, a posição brasileira não é das mais invejáveis.
Entretanto, aumenta a cada ano o número de brasileiros que se interessa por essa bebida milenar e o nosso país está entre os cinco maiores produtores de vinhos do hemisfério sul. Para se ter uma ideia do potencial de crescimento do setor, somente na região sul, em apenas uma década a produção saltou de aproximadamente 276 mil litros para mais de 485 mil.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho, essa generosa ampliação na produção e, consequentemente no consumo, se deve a pluralidade de opções disponíveis hoje no mercado como, por exemplo, as espumantes e as diversas variedades de vinhos tinto, branco e rosé.
Um fato relevante é que enquanto a produção mundial da bebida caiu pouco mais de 8% neste ano, totalizando 246 milhões de hectolitros e sendo considerado o pior resultado em cinco décadas, o Brasil registrou um fantástico crescimento de aproximadamente 170%.
E a melhor notícia desse bom momento é que os rótulos brasileiros podem sofrer uma redução significativa de preços, o que é ótimo tendo em vista o período de instabilidade econômica que insiste em permanecer no país. Isso deve se tornar realidade em função da criação de uma Zona Franca que terá como sede a Serra Gaúcha.
Ao todo o Brasil conta com cerca de 1.100 vinícolas e mais de 80% da produção nacional está localizada na Serra Gaúcha. A iniciativa visa tornar os vinhos brasileiros mais competitivos, fortalecer o enoturismo e, principalmente, ampliar a cultura da bebida em todo o país.
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