A busca por um estilo de vida mais saudável, a preocupação com o impacto das escolhas no dia a dia e o interesse genuíno pela questão da sustentabilidade são alguns dos motivos que fazem os clientes e consumidores procurarem de forma efetiva soluções menos industrializadas em praticamente todos os segmentos de mercado.
E essa preocupação se reflete diretamente nas tendências de consumo. De acordo com a pesquisa A percepção dos consumidores brasileiros sobre cosméticos sustentáveis, realizada pelo portal especializado Use Orgânico, 64% dos participantes acreditam que cosméticos orgânicos são melhores que os convencionais.
Segundo o levantamento, que ouviu 1.517 pessoas de todas as regiões do país, 48% dos participantes se sentem mais atraídos por um determinado produto se a fórmula possuir ingredientes naturais, e 21% deles dá mais valor a itens de beleza com menos aditivos químicos. E é justamente aí que os orgânicos ganham pontos: por utilizarem matérias primas certificadas e, principalmente, serem livres de agrotóxicos e aditivos químicos.
Segundo a médica Maria Clara Couto, tais produtos propiciam, de fato, mais vantagens para o corpo e, consequentemente, para a beleza “muito do que passamos na pele é absorvido pelo organismo e vai parar na corrente sanguínea, só esse argumento já evidencia a vantagem de um produto orgânico em comparação com um convencional, que é carregado de substâncias de alta toxicidade. Mas, entrando no mérito da beleza, os orgânicos podem ser ainda mais benéficos: como são compostos por ativos naturais superconcentrados, sua ação na pele, nos cabelos e no corpo pode ser ainda mais notável e satisfatória”.
Entretanto, quem deseja seguir uma vida mais saudável apostando nos cosméticos naturais deve redobrar a atenção na fórmula do produto. De acordo com José Youssef, especialista na área, os fabricantes estão cientes da demanda crescente por esse tipo de produto e usam o termo natural apenas para atrair o consumidor, sem oferecer, necessariamente, os benefícios de um produto orgânico. “Como não existe uma regulamentação específica para registro e comercialização dos cosméticos naturais no Brasil, qualquer fabricante pode usar esses termos livremente. No entanto, todo produto orgânico genuíno precisa atender uma série de normas para ser certificado como tal. E dentre os diversos requisitos estão, justamente, a procedência dos ingredientes da fórmula e todo seu processo de manufatura, o que garante sua qualidade”.
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