Não é exagero afirmar que nesta segunda-feira, 24 de setembro, a noticia de que a Michael Kors estava em processo adiantamento de aquisição da grife italiana Versace explodiu como uma boba. Afinal de contas, não é sempre que uma das marcas mais admiradas e copiadas do mundo da moda troca de mãos.
Hoje, 25 de setembro, foi oficialmente comunicado que a marca americana selou um acordo definitivo para a compra das ações da Gianni Versace Spa. De acordo com as informações divulgadas o valor do negócio é de 2,12 bilhões de dólares.
A negociação bilionária permite a leitura de duas situações bem distintas. A primeira é a consolidação da ideia dos conglomerados de luxo como estratégia de atuação das marcas. Vale lembrar que há pouco mais de um ano a Michael Kors já havia adquirido a Jimmy Choo e, agora, com a compra da Versace, assume um papel ainda mais representativo e significado nos mercados mundiais de moda e de luxo.
A outra constatação que pode ser feita é que as casas de moda, criada por ícones como é o caso de Gianni Versace há algumas décadas, estão deixando de ser negócios familiares para se tornarem parte importantes das organizações mundiais do setor. Ainda que a família Versace tenha papel de destaque na transição e mesmo após todo o negócio finalizado, a marca perde em identidade para ganhar em projeção.
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