Nascida e criada em Minas Gerais, Lili Veloso se tornou uma verdadeira cidadã do mundo. Formada em Engenharia de Alimentos e com cursos e graduações na área de marketing e moda, morou em diversas capitais do país e no exterior, ampliando seu contato com diferentes culturas e experiências. Atualmente, através das mídias sociais, compartilha sua visão de mundo sobre assuntos que vão da moda à gastronomia e do lifestyle ao segmento de viagens. Expondo sua visão particular do segmento fashion, Lili Veloso concedeu essa entrevista ao Terapia do Luxo na qual enfatiza o valor da sustentabilidade, do design e da imagem de moda no segmento fashion contemporâneo.
No último mês de abril tivemos mais uma edição do SPFW, que ficou marcada pela moda, mas, também, por algumas polêmicas. Em sua opinião, quais são as principais tendências para este ano que foram apresentadas no evento?
Realmente é impossível falar do SPFW e não citar a trágica morte do modelo Tales, que obviamente colocou em cheque a dinâmica deste mundo e a maneira como lidamos com o ser humano e os negócios. Claro que foi uma fatalidade, mas, nos fez pensar e nos trouxe ensinamentos também. Ao mesmo tempo, entendi também, que além da moda propriamente dita, a grande tendência e várias marcas mostraram isso, é o amor, a espiritualidade, a coletividade e a cooperação. O que indica um novo horizonte para este universo que vem se reinventando. Vi que sustentabilidade, design e imagem de moda realmente parecem ganhar espaço na busca por materiais e tingimentos naturais, conseguindo muitas vezes entregar um luxo sustentável, como fez Flávia Aranha. Outro desfile foi a do Ponto Firme que traz esperança em seu projeto e na maneira que produz e reinsere pessoas na sociedade, neste caso ex-detentos. Em uma coleção realmente linda, expressiva com qualidade e uma cartela de cores fantástica com muito amarelo, verde, tons terrosos e muito cinza que realmente é uma aposta minha para este ano. De fato, percebi cores, militarismo em estampas, mas acima de tudo esta onda de espiritualidade e good vibes de um modo geral.
Quando falamos em moda, o que é atemporal? O que não sai de moda nunca?
Para mim, acima de qualquer peça, está a atitude coerente entre o que vemos através de alguém que veste algo e seu modo de agir de acordo com a mensagem que passa é o essencial. Claro que existem tecidos, cores e peças atemporais e entre elas, esteticamente falando também estão as peças que mais invisto. Sou fã do jeans, uma boa camisa branca, T-shirts, o tradicional trench coach e o pretinho básico. Claro que é possível ousar inclusive entre os clássicos e sem sair de moda. E e aí eu listaria alguns itens e padronagens como: o xadrez no inverno, um casaco animal print, as listras e poás ao longo do ano, o navy para praias, as saias plissadas midi e as cores neutras e sóbrias sempre. Mas repito que para mim, atemporal é ser coerente com o que se veste e como se age. Nem todas precisam ser chiques e elegantes.
Existe alguma tendência internacional que ganhou força no dia a dia do brasileiro?
Vejo várias, porque, com o advento das redes sociais, nos meio que absorvemos tudo em tempo real. Meio que a moda se confunde. Mas percebo muita mudança em estilo de vida. O próprio hábito de viajar mais. Esquiar no nosso verão, ir para o verão na Europa. Acho que temos aberto os olhos para a arte, museus e livros, o que eu de certa forma fico muito feliz porque sou apaixonada. As pessoas agora viajam e não falam só em compras, elas exploram seus destinos. Acho que isto é uma influência internacional.
Quais suas principais referências para inspirações?
Eu realmente sou muito observadora. Então não me restrinjo a observar um ícone, porque acho que existem vários em diversas frentes. Me chamam atenção novos nomes diariamente! Mais pelas atitudes e histórias de coragem do que pelo look. Já que um bom look a gente encontra com facilidade, e graças a Deus tem muita gente de bom gosto por aí. Se fosse para citar uma internacional, no quesito estilo de se vestir, a Olívia Palermo é atual e segue coerente com seu estilo que sempre me fascinou, elegante e descolada na medida. Gosto ainda mais da Gisele após ler seu livro e no mundo nos negócios, aí eu viajo entre grandes mulheres e ativistas como a pastora Christine Caiene, Michele Obama e outras menos conhecidas. Eu me permito observar a grandiosidade das mulheres com as quais convivo e aprender um pouquinho com cada uma delas. E claro, sem ser clichê mas já sendo, minhas avós e minha mãe são dignas de grandes ensinamentos. A materna na elegância e autoestima, a paterna na coragem e dedicação pela família e a minha mãe pela coragem e alegria.
Para mais informações sobre Lili Veloso basta acessar o Instagram oficial da digital influencer.