Se a distopia futurística é um dos grandes gêneros do cinema norte-americano contemporâneo, nenhum filme conquistou mais simpatia do público do que a saga Jogos Vorazes.
O terceiro filme da série, que chega agora aos cinemas, é a primeira parte do desfecho da história da jovem Katniss Everdeen, que sobrevive aos temidos Jogos Vorazes e se torna de maneira relutante uma espécie de heroína salvadora de uma sociedade oprimida e subjugada.
Um dos aspectos que tornam a história atraente para o público de todas as idades é, justamente, balancear as cenas de romance juvenil e aventura em alta voltagem com discussões mais sérias como o poder do estado na vida das pessoas e a rebeldia como alternativa de mudança.
A saga Jogos Vorazes, com certeza, não há de revolucionar a sétima arte. Entretanto, mostra que é possível a união do entretenimento com um debate sobre temas que cercam a nossa realidade.
A conquista de Katiniss é, em essência, a vitória da sociedade frente a um inimigo autoritário e poderoso. Mas, como diz uma frase bastante conhecida: o jogo só acaba quando termina.