Se existe uma atriz norte-americana da nova geração que não precisa provar mais nada é Reese Witherspoon. Com um Oscar na estante, tendo a liberdade de escolher seus filmes e sendo um dos rostos mais conhecidos do mundo publicitário, a atriz é considerada um exemplo profissional e pessoal.
E não é que, mesmo assim, Reese ainda é capaz de surpreender seus fãs e admiradores? É o que ocorre no filme Livre, em cartaz nos cinemas brasileiros. A produção, que é baseada em fatos reais, conta a história de vida de Cheryl Strayed que, logo após perder a mãe e abusar das drogas, decide mudar de vida. Para iniciar a nova jornada, ela resolve percorrer uma trilha de mais de mil milhas pela costa do Oceano Pacífico.
É justamente a partir do momento em que a caminhada de Cheryl tem início que o filme ganha em intensidade e emoção. A atuação de Reese Witherspoon, no papel da protagonista da história, é notável ao mostrar que, muitas vezes, estamos mais sozinhos na cidade grande do que em grandes espaços abertos.
A personagem de Reese busca um caminho que não sabe bem ao certo onde vai dar, mas, para ela, o que importa mesmo é a viagem. A solidão e o desejo de encontrar-se, que Reese deixa escapar em cada olhar ou em cada lágrima derramada, atestam o comprometimento de uma atriz no auge da sua qualidade dramática.
Um detalhe interessante: o diretor do filme cobriu todos os espelhos durante as filmagens, para que a atriz não pudesse se ver. Afinal de contas, deixar Reese Witherspoon menos atraente, só mesmo o cinema é capaz de fazer.