Durante as dez temporadas em que a série Friends esteve no ar, Rachel Green era uma das mais adoradas personagens da televisão mundial. Seus cortes de cabelo eram imitados, seu estilo de vestir copiado e uma legião de fãs torcia para que ela encontrasse o amor ao lado do seu melhor amigo. Toda essa paixão por Rachel, fez com que sua intérprete, a atriz Jennifer Aniston, tomasse a única decisão capaz de dar prosseguimento à sua carreira após o final do seriado: distanciar-se da personagem o máximo possível.
Embora muitos filmes da atriz sejam comédias, gênero que tornou Friends um dos seriados mais vistos na história da televisão, é visível o esforço de Jennifer Aniston em mostrar a todos, tanto para o público quanto para a crítica, que seu talento em frente às câmeras supera, em muito, aquele mostrado na pele da garota mimada que aprende com os amigos o que é a verdadeira felicidade.
No filme Cake – Uma razão para viver, em cartaz nos cinemas brasileiros, Jennifer Aniston dá largos passo na busca desse reconhecimento. Ela aparece feia e desleixada e as cicatrizes no rosto, aliadas ao modo depressivo de ver a vida da sua personagem, ajudam a atriz a compor um papel denso e comovente, o que pode despertar novos rumos para sua carreira.
A produção conta a história de Claire, personagem de Jennifer, que para curar a depressão procura auxílio em grupo de ajuda. Lá, descobre que uma jovem, que participava do grupo, cometeu suicídio. Sua maior surpresa será que, ao investigar a jovem suicida, ela vai aprender também bastante sobre a sua própria vida.
O elenco de apoio é formado por gente talentosa, mas longe de se constituírem celebridades da sétima arte. Por isso, a produção é um veículo ideal para Jennifer Aniston mostrar todo o seu talento em uma história crua e contundente, mas repleta de significado.