De acordo com os estudos realizados pelos mais diversos institutos de pesquisas brasileiros, o ano de 2016 registros resultados muito abaixo dos esperados. Quer seja no comércio ou na indústria, os índices contabilizados foram desanimadores.
Por isso, merece um destaque especial aqueles nichos de mercado que obtiveram resultados positivos em meio ao aparente caos econômico. E este foi o caso do e-commerce brasileiro, que faturou mais de 44 bilhões de reais no ano passado.
De acordo com as informações divulgadas pela Ebit, instituição que monitora os resultados do comércio virtual, um dos motivos que levaram ao crescimento foi o aumento de 8% no ticket médio de consumo, ou seja, apesar do número de pedidos ter se mantido aproximadamente igual, aumentou o valor das compras.
De acordo com Pedro Guasti, o CEO da Ebit, “o crescimento foi sustentado pelo aumento de consumidores no ambiente digital, pelo aumento nas compras e pelo fenômeno da Black Friday. Apesar de existir uma barreira cultural, a faixa de 50 anos ou mais foi a que mais cresceu nesse cenário. Temos uma questão onde os fatores externos acabam influenciando a entrada desse público, sendo que a usabilidade foi sendo melhorada e a experiência do consumidor é muito relevante”.
E muitas marcas de luxo estão se beneficiando dessa nova realidade para aumentar seus lucros. Uma matéria publicada no site Glamurama no ano passado destacou que “o setor que mais vendeu pela internet foi o de moda e acessórios, o que o torna bastante promissor, ainda que o hábito de consumo on-line não tenha amadurecido completamente por aqui. As taxas de devolução, por exemplo, que na Europa e nos Estados Unidos chegam a 20%, por aqui nunca passaram de 12% e mostram que o costume de ir a lojas físicas ainda está bem incrustrado na mentalidade do brasileiro”.
Não há dúvidas que o comércio virtual é uma das apostas das empresas para o futuro e as marcas de alto padrão não fogem dessa realidade. Atender o cliente da melhor forma possível e mudar a percepção de compra são os desafios para o crescimento virtual.
