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Dior enfrenta críticas e medidas após acusações de violação de direitos trabalhistas

No Reino Unido, a Modern Slavery Act exige que empresas com faturamento acima de 36 milhões de libras (aproximadamente 46 milhões de dólares) divulguem suas ações contra o trabalho forçado e outras formas de escravidão moderna. Recentemente, a Dior tem sido alvo de críticas devido à falta de atualização em suas declarações sobre essas medidas. Até o dia 19 de julho, o site da marca ainda exibia informações desatualizadas relacionadas a uma certificação que não era mais válida há mais de um ano.

A Dior, que esteve sob os holofotes como patrocinadora premium dos Jogos Olímpicos por meio do grupo LVMH, enfrenta uma apuração ainda mais intensa. Em 17 de julho, o tribunal de Milão acusou as fábricas italianas da maison de não realizarem os controles necessários sobre seus subcontratados. A investigação revelou que produtos Dior foram fabricados em condições de exploração em várias fábricas e oficinas na província de Milão.

Como resposta, a Dior emitiu um comunicado reafirmando sua total cooperação com as autoridades italianas. A marca declarou: “Reconhecemos a gravidade das violações cometidas pelos nossos fornecedores e a necessidade de melhorias em nossos controles e procedimentos. A Maison Dior está colaborando plenamente com as autoridades judiciais italianas.” A marca também anunciou que não fará novas encomendas para os fornecedores envolvidos no futuro.

Jean-Jacques Guiony, diretor financeiro da Dior, revelou que a empresa está desenvolvendo uma nova estratégia para intensificar os controles em sua cadeia de suprimentos, aprimorar a eficácia das auditorias e revisar minuciosamente as condições de trabalho impostas pelos subcontratados.

Em sua declaração atualizada sobre escravidão moderna, que é mais extensa e detalhada do que a de 2020, a Christian Dior UK anunciou a implementação de treinamentos para sensibilizar seus funcionários sobre escravidão moderna e incentivá-los a agir se identificarem práticas inadequadas.

Esse caso destaca a crescente pressão sobre as empresas do setor de luxo para que se tornem modelos de conformidade com os critérios Ambientais, Sociais e de Governança (ESG), refletindo a crescente demanda por responsabilidade social e ética no mercado global.

Fonte: Luxury Tribune

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