Muitas das histórias contadas no cinema fazem com que os espectadores desenvolvam uma grande simpatia pelos vilões. O charme particular que reside nos malvados, nos leva a torcer para que o seu fim não seja tão trágico.
Como não torcer para os vilões, quando, todos os personagens, de alguma forma, estão ali com a intenção de se dar bem as custas dos outros? É o que acontece no filme As Duas Faces de Janeiro, em cartaz no Brasil.
A produção é ambientada na década de 1960, com toda a elegância e sofisticação natural daqueles anos que o tempo levou. Numa viagem à Grécia, o belo casal Chester e Colette conhece um guia americano que se oferece para ajuda-los a conhecer o berço da filosofia. O jovem, entretanto, tem planos maiores, e pretende aplicar-lhes um golpe.
Quando chega ao hotel do casal, o guia turístico descobre que o crime que ele pretendia cometer nem se compara a situação sem volta em que acaba envolvido. O surgimento de novas e inesperadas reviravoltas torna o suspense ainda maior.
O casal protagonista, interpretado por Viggo Mortensen e Kirsten Dunst, estabelece uma boa química em cena e recria a tensão natural de uma relação que está à beira da destruição. Oscar Isaac, no papel do agente turístico, também não deixa a desejar numa trama em que nada é o que aparenta e inocência é uma palavra deixada de lado pelo roteiro.
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