A economia colaborativa está transformando o mercado de luxo de maneiras inimagináveis. Segundo a PwC, esse setor deve movimentar cerca de USD$ 335 bilhões globalmente até 2025 – um crescimento impressionante desde 2014. O que está por trás desse sucesso? A resposta está na busca por inovação, sustentabilidade e flexibilidade dos novos consumidores.
Empresas como Uber, Airbnb e WeWork estão na vanguarda dessa revolução. Mas agora, o mercado de luxo também está se adaptando a esse novo modelo. Hoje em dia, é possível compartilhar aviões, barcos, carros, casas e até ilhas.
Um estudo da Bain & Company revela que o compartilhamento de aeronaves gerou R$ 74 bilhões em 2022 e pode dobrar esse valor até 2030, especialmente impulsionado pela pandemia. O mercado de fretamento de iates, por sua vez, foi avaliado em US$ 18,9 bilhões em 2021 e deve alcançar US$ 26,5 bilhões até 2027. Já o mercado de aviação executiva dos EUA contribui com cerca de US$ 150 bilhões anuais para a economia americana.
No Brasil, a MyDoor está trazendo essa inovação para o setor imobiliário de luxo. A empresa oferece a venda de residências de alto padrão compartilhadas em destinos exclusivos. Segundo Roberto Pinheiro, sócio-fundador e CEO da MyDoor, “a economia colaborativa permite mais bem-estar, economia e organização social, com menos gastos e burocracia. É uma maneira inteligente e eficiente de adquirir imóveis, pois os sócios pagam proporcional ao tempo que usam a propriedade”.
Cada casa da MyDoor é associada a uma empresa específica, com participações vendidas a no mínimo 2 e no máximo 8 sócios. Os custos são compartilhados, e os sócios desfrutam de uso exclusivo e alternado do imóvel, com uma gestão completa que inclui manutenção e curadoria imobiliária. Além disso, uma concierge oferece experiências personalizadas, como jantares e passeios. A MyDoor já possui mais de 30 casas em destinos como Bahia, litoral e interior de São Paulo, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.
Nos Estados Unidos, o sucesso do modelo de compartilhamento imobiliário já é comprovado pelo case da Pacaso, um unicórnio que opera com mais de 100 casas. A Pacaso permite a compra de uma segunda residência com vários donos, oferecendo o uso proporcional ao percentual adquirido.
Roberto Pinheiro destaca: “Hoje em dia, nem lembramos como era antes dos modelos de compartilhamento em mobilidade e aluguel de casas. O mercado está prosperando, e em poucos anos, talvez nem nos recordemos de como era a vida antes dessas inovações”.
A economia colaborativa está realmente mudando a forma como vivemos e investimos em luxo, e promete continuar evoluindo nos próximos anos.
