No ano passado, através de um comunicado oficial, a Chanel afirmou aos seus clientes e ao mercado de forma geral que os investimentos no comércio online não eram uma de suas prioridades. Acreditando de forma incisiva que a experiência de luxo é algo que dificilmente se reproduz de forma virtual, o presidente de moda da Chanel, Bruno Pavlovsky, chegou a afirmar em uma entrevista que se “dermos tudo a toda a gente de uma vez, perdemos exclusividade”.
A estratégia se caracterizou por ir contra a corrente do mercado, já que o comércio virtual apresenta índices de crescimento que se superam ano após ano. Há quem concordou com a ideia de manter o espírito da marca através dos processos tradicionais e quem ficou descontente com o receio da grife francesa em se aprofundar no mundo digital.
No início desta semana, para a surpresa de alguns, a Chanel divulgou a informação da aquisição de uma participação societária na britânica Farfetch, uma referência do segmento online. A ideia é justamente ampliar a atuação da marca no cenário digital.
A nova estratégia da marca vem ao encontro de uma tendência cada vez mais consolidada no segmento de alto padrão: os investimentos contundentes no e-commerce. Parcerias, marketing virtual e e-commerce vêm se constituindo como ações prioritárias para as mais diversas marcas e grifes de luxo.
De acordo novamente com Bruno Pavlovksy, a Chanel não promoverá a venda de seus produtos por meio da Farftech, e sim utilizará a plataforma de dados e informações da nova parceria para aperfeiçoar os serviços digitais.
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