As exportações de relógios suíços continuaram caindo no mês de junho, e o maior impacto veio da China que registou uma queda de 36,5%. Nada muito surpreendente dado o consumo instável de itens de luxo no país nos últimos tempos.
O crescimento das exportações de relógios suíços é flutuante. Queda de 16,1% em março, aumento de 4,5% em abril, diminuição de 2,2% em maio… E o mês de junho não foi diferente, as exportações de relógios suíços caíram 7,2% em relação a junho de 2023.
Os relógios de luxo, com um preço de exportação superior a 3.000 francos, cerca de R$ 18.000, conseguiram resistir às tensões do setor com uma queda muito pequena, 0,5%. Os outros segmentos com valores entre 500 e 3.000 francos, R$ 3.000 a R$ 18.000, que representaram mais de 80% da queda total no mês de Junho. Nos primeiros seis meses de 2024, a indústria relojoeira suíça expediu o equivalente a 12,9 milhões de francos, uma diminuição de 3,3% se comparado com o primeiro semestre de 2023.
O mercado da China representa 7,2% das exportações dos relógios suíços e é o 4º território mais importantes para esta indústria. Estes números podem ser explicados por um abrandamento do consumo na China, particularmente ligado às incertezas econômicas e a uma certa rejeição da “compra de luxo”. Estas dificuldades também afetam diretamente o volume de negócios de empresas especializadas em relojoaria, como o Grupo Swatch (Longines, Blancpain, Omega) e a Richemont (Iwc Schaffhausen, Piaget, Vacheron Constantin).