Não é novidade que o mercado de luxo vem mantendo bons resultados apesar das dificuldades econômicas pelas quais atravessam muitas nações. Embora o segmento venha registrando índices positivos, principalmente levando-se em consideração os demais setores mercadológicos, isso não significa que mudanças também não estejam ocorrendo nos modos de operação.
As grandes marcas, há tempos, perceberam a necessidade de conquistar novos clientes e investem de forma maciça, muitas vezes agressiva, em territórios até então inexplorados por elas como o comércio virtual e a entrada em novos mercados, especialmente em países com potencial de crescimento.
Um estudo divulgado pela McKinsey, uma das mais importantes empresas na área de consultoria empresarial, constatou que o perfil dos consumidores está realmente mudando. Se, há algum tempo, os produtos e lançamentos das marcas favoritas eram consumidos sem maiores questionamentos, atualmente quase 60% dos compradores, em nível mundial, afirmou que as questões econômicas impactam no momento da decisão, fazendo, às vezes, que a fidelidade pela marca seja posta à prova e promovendo a descoberta de um novo produto ou grife.
Outra informação bastante interessante publicada na pesquisa diz respeito ao crescimento em todo o planeta das compras operadas via internet. Na China, um dos países que apresentam os números mais expressivos do setor, mais de 60% dos consumidores já transferiram para a rede mundial de computadores o seu interesse pelas compras. Um dado curioso é que mesmo no segmento gastronômico e de alimentação, mais de 50% dos chineses já escolhem suas refeições de forma virtual.
As marcas de luxo são ícones de prestígio, qualidade, sofisticação e originalidade. Mas, em um mercado cada vez mais globalizado, as informações podem ser decisivas nas estratégias de negócios para os próximos anos.