O mercado de luxo é caracterizado por atributos como exclusividade, raridade e tradição. Porém, há uma maneira de se obter um produto de uma marca tradicional por um valor muito baixo: através das reproduções ilegais.
Embora seja uma atividade que impacte as empresas privadas e, também, o setor público, já que milhões em impostos não são recolhidos devidamente, o mercado clandestino cresce de forma contínua. Para se ter uma ideia dos prejuízos, somente o Brasil perdeu mais de 345 bilhões de reais no ano passado devido a esta prática ilegal, envolvendo os mais diversos setores de mercado.
Para enfrentar e combater essa situação, que se espalha por praticamente todos os países do mundo, algumas das principais marcas de luxo estão investindo em tecnologias ligadas à inteligência artificial em busca de valorizar os seus produtos e, assim, desestimular o comércio ilegal.
Uma importante ação nesse sentido foi a criação, em 2021, do Consórcio Aura Blockchain, formado por ícones do setor como os conglomerados LVMH e Richemont. A ideia da união de forças é elaborar estratégias e soluções visando a proteção dos produtos e marcas, potencializando a rastreabilidade e autenticidade das peças fabricadas.
Outro ícone do setor de luxo, a Bulgari, já realizou o lançamento de uma coleção de bolas com NFTs integradas, ampliando a experiência da aquisição e provendo ainda mais valor durante a jornada do cliente.
Outra iniciativa inovadora foi adotada pela Rolex que criou um selo de qualidade para o mercado de segunda mão. Ou seja, através do reconhecimento da marca, é possível ao comprador ter a certeza de comprar um produto original.