O metaverso é, sem sobra de dúvidas, um território de extremo potencial para o mercado de luxo. Entretanto, o fato do ambiente digital ser recente e as normas de conduta e posicionamento ainda não estarem bem definidas, vem provocando alguns conflitos dentro do setor.
O exemplo mais icônico dessa situação é o processo que a Hermès moveu contra o artista digital Mason Rothschild que criou uma série de NFTs intitulada “MetaBirkins” ressaltando sua visão particular deste ícone do universo fashion contemporâneo.
Em sua defesa, Rothschild alegou que a liberdade criativa era um fator fundamental dentro da sociedade e que ele possuía o livre “direito de criar arte com base em minhas interpretações do mundo ao meu redor”.
Dez dias após o início do julgamento, a justiça norte-americana proferiu uma sentença favorável à marca francesa. Condenado por infringir a propriedade intelectual da Hermès, Mason Rothschild deverá indenizar a grife em 133 mil dólares pelos danos causados.
O julgamento, sem sombra de dúvidas, dá início a uma nova forma de relacionamento com o metaverso, tanto pelas marcas quanto pelos artistas. Além disso, o processo também foi responsável por acelerar a entrada da Hermès no ambiente digital. De acordo com informações publicadas pela imprensa, a grife francesa já teria iniciado os processos legais para a produção de NFTs e sua entrada definitiva no metaverso.