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Jogos de Luxo

Jogos de luxo 1

O campo de batalha já está preparado para o embate. De um lado, um exército em trajes negros, do outro, os combatentes vestem branco. O rei, comandante supremo, está resguardado com todos os soldados a sua volta. As torres também estão protegidas, pois representam a magnitude do império e não devem ser tomadas sob nenhuma hipótese. Os combatentes já tem sua estratégia definida, afinal de contas, foram anos de aprendizado que lhes possibilitaram comandar a esquadra rumo à guerra. Quando a batalha tem seu início, porém, nenhuma lágrima ou gota de sangue é derramada, pois os  exércitos são formados por um homem só – os dois jogadores de xadrez.

Os jogos estão amplamente inseridos na sociedade atual. Seus aspectos envolvem diferentes áreas do conhecimento como arte, esporte, ciência, cultura e, é claro, luxo. O xadrez, por exemplo, foi um jogo muito popular entre a nobreza em vários períodos da história humana. Não se tem o registro preciso da origem do jogo: Índia, Grécia ou Egito. Mas as valiosas lições aprendidas numa partida, que vão do auto-conhecimento à capacidade de interpretar situações e buscar o melhor caminho, continuam fascinando as pessoas com o passar dos anos.

A relação dos jogos com o universo premium é muito estreita. Em primeiro lugar porque, ao recriar eventos como guerras e batalhas em tabuleiros de madeiras e com peças de prata e ouro, toda a violência de uma verdadeira guerra fica em segundo plano, maximizando apenas o prazer e o luxo de um bom jogo.

Além disso, os jogos sempre foram praticados com muito entusiasmo pela alta sociedade em diversas partes do mundo. De acordo com Celso Castro no artigo Uma história cultural do xadrez “o xadrez atravessou todas as tendências históricas e modas culturais que surgiram. A partir de 1730, passou a ser muito jogado em cafés, como o de la Régence, em Paris, um dos mais famosos pontos de encontro de xadrez de todos  os tempos, com frequentadores ilustres como Voltaire, Rousseau, Robespierre, Benjamin Franklin, Napoleão e Richelieu.”

A importância do xadrez é tamanha que, para comemorar seus 250 anos de existência, a francesa Baccarat produziu uma edição limitadíssima de apenas 50 unidades com os seus cristais mais finos. As peças na cor azul reproduzem a taça Harcourt, ícone da marca desenhada há mais de 170 anos.

Mas, é claro, que a relação entre os jogos e o segmento de alto padrão não se resume apenas ao xadrez. Existem dezenas de outros jogos que remetem à cultura e a à arte com boas doses de luxo. Damas, gamão e outros jogos de tabuleiro ainda encantam pessoas de todas as idades. Mesmo jogos com conotação mais popular, como a sinuca, ganham um tratamento especial com a aposta de designers que transformam as populares mesas com feltro verde em verdadeiras obras de arte que reúnem sofisticação, estilo e charme.

Os jogos desde sempre representaram um pouco da vida. E nada melhor do que uma vida repleta de diversão, arte, cultura e luxo.

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Manu Berger
Com cursos sobre o Mercado do Luxo em Paris, Milão, Londres e Nova York, Manu Berger é a fundadora da Terapia do Luxo, uma revista digital voltada para o público de bom gosto. Com atualizações diárias o endereço é pioneiro no segmento high-luxury no sul do país.
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