O Grupo Lanvin enfrentou uma queda significativa em suas vendas, com um recuo de 20,3% no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Este resultado reflete as dificuldades econômicas globais e desafios internos que impactaram todas as marcas do portfólio da empresa.
A desaceleração do mercado de luxo e problemas no setor de vendas por atacado afetaram o desempenho do grupo, que registrou uma receita de 171 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. A marca Lanvin, em particular, sofreu uma queda de 15,4% nas vendas, enquanto outras marcas do grupo também enfrentaram dificuldades. A Wolford, por exemplo, viu suas vendas caírem 27,6%, enfrentando desafios na integração com um novo fornecedor logístico. Sergio Rossi, por sua vez, teve uma queda de 38,2%, especialmente na região EMEA, seu principal mercado, além de passar por uma reorganização da produção.
As outras marcas do grupo, St. John e Caruso, também registraram diminuições de 14,3% e 1%, respectivamente.
Zhen Huang, presidente do Grupo Lanvin, reconheceu os desafios do primeiro semestre de 2024, destacando que, apesar das dificuldades esperadas para o curto prazo, o foco do grupo continua na busca por crescimento a longo prazo e rentabilidade.
O segundo semestre promete ser difícil, mas o grupo pretende continuar sua estratégia de redução de custos e otimização da eficiência operacional. Além disso, novos investimentos em marketing e desenvolvimento de produtos estão previstos, com a chegada de novos designers a duas das principais marcas do grupo. No início do verão europeu, Peter Copping, designer britânico com passagens por Louis Vuitton e Balenciaga, foi nomeado para liderar as coleções da Lanvin. Em julho, a Sergio Rossi também anunciou uma mudança significativa em sua direção criativa com a nomeação de Paul Andrew.