O número elevado de brasileiros vivendo em Portugal tem contribuído para o aumento gradual desse fluxo de novos moradores, mas ao mesmo tempo gera alguns temores em relação ao risco do investimento e à alta dos preços de imóveis no país luso. No entanto, alguns indicadores mostram que comprar uma casa em Portugal ainda é mais vantajoso do que a grande maioria dos países vizinhos.
Em Lisboa, segundo o Idealista, portal especializado no mercado imobiliário, a média de preços é 2.707 euros – preço competitivo não apenas com capitais europeias como Madri, Paris e Londres, mas também com bairros de classe alta em São Paulo e Rio de Janeiro. Os valores são ainda menores em regiões como Alentejo e Norte.
No entanto, viver em Portugal traz um componente que vai além dos números: a qualidade de vida. “Mais que o preço competitivo, brasileiros estão procurando um lugar onde podem viver bom, com tranquilidade, saúde e educação de qualidade para os filhos. Portugal tem tudo isso a oferecer, e o fato de termos uma língua em comum torna esse investimento ainda mais seguro”, diz Lucy Gomes, representante da Casa em Portugal, uma das maiores incorporadoras imobiliárias portuguesas presentes no Brasil. O grupo destaca cada vez mais a procura de brasileiros. “É um mercado que tende a crescer ainda mais pela variedade de perfis”, aponta.
De acordo com o Global Peace Index, Portugal é o quarto país mais pacífico do mundo, o que por si só é um componente importante na hora de escolher onde investir. O país notabiliza-se por um serviço público de saúde eficiente e universidades que se destacam nos principais rankings internacionais, além de uma qualidade de ensino elevada em todos os níveos. Recentemente, Lisboa foi eleita pelo Quality of Life Survey, da revista britânica Monocle, como a 12ª cidade do mundo com a melhor qualidade de vida. O clima ameno (300 dias de sol por ano) e a variedade turística completam o “pacote”.
Soma-se a isso as vantagens oferecidas pelo governo português, principalmente com o programa Golden Visa, que confere autorização de residência aqueles que fizerem investimentos de pelo menos 350 mil euros em áreas de reabilitação urbana ou 500 mil euros em qualquer localidade, e o Regime Fiscal para Residente Não-Habitual, que dura por até dez anos e traz vantagens como a isenção de tributos sobre rendimentos obtidos em outros país e alíquotas reduzidas para rendimentos obtidos em solo português.