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Resenha: A Chegada

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A procura por seres de outros planetas é um assunto que insiste em não sair de moda. Das publicações especializadas no tema aos milhões que são investidos em tecnologia na busca por algum sinal de vida fora do nosso planeta, o fascínio por extraterrestres mantém continuamente seu interesse.

Interesse esse que, ocasionalmente, acaba nas telas do cinema com o lançamento de alguma produção sobre o assunto. Quem for assistir ao filme A Chegada, em cartaz nas salas de exibição do Brasil, vai entender um pouco mais por que o assunto está sempre em evidência.

A produção tem início quando misteriosas naves espaciais aterrissam em doze pontos diferentes espalhados ao redor do nosso planeta. Nos Estados Unidos, uma equipe liderada pela linguista Louise Banks é reunida para tentar estabelecer alguma forma de comunicação com os seres espaciais. Enquanto a humanidade hesita à beira de uma guerra mundial, Banks e sua equipe, que também conta com o físico Ian Donnelly, correm contra o tempo em busca de respostas.

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Quem procurar um filme acelerado, repleto de perseguições ou batalhas entre alienígenas e humanos não vai encontrar nesta produção, o que é uma excelente novidade. Muito mais do que apenas lidar com uma inevitável guerra entre civilizações interplanetárias, o filme flerta com assuntos que vão desde temas caros a todos como a perda das pessoas que amamos até especulações sobre o que seria da vida se tivéssemos o poder de prever o futuro.

Essa abordagem bastante diferenciada sobre os extraterrestres rende os melhores momentos do filme. De acordo com o diretor Denis Villeneuve esse é “um gênero que tem muita força e os recursos para explorar a nossa realidade de uma forma muito dinâmica”. Vale lembrar que Villeneuve tem em seu currículo filmes que obtiveram grande reconhecimento da crítica como Sicário – Terra de Ninguém e O Homem Duplicado.

ARRIVAL

Se nos bastidores Denis Villeneuve comanda muito bem a produção com um tom lento, uma belíssima fotografia e uma montagem que vai e vem no tempo, em frente às câmeras o casal principal formado por Amy Adams e Jeremy Renner também cumpre com perfeição o seu papel. Ambos têm uma atuação segura que exibe credibilidade ao mostrar os desconfortos que imperam na relação entre eles que são profissionais das ciências e os mandos e desmandos do ambiente militar.

Embora seja uma obra de ficção, o filme lida com temas absolutamente comuns e deixa a impressão de que mais importante do que conhecer os segredos do espaço, deve ser, primeiramente, entender os mistérios do próprio ser humano.

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Manu Berger
Com cursos sobre o Mercado do Luxo em Paris, Milão, Londres e Nova York, Manu Berger é a fundadora da Terapia do Luxo, uma revista digital voltada para o público de bom gosto. Com atualizações diárias o endereço é pioneiro no segmento high-luxury no sul do país.
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