O número da transação da venda da Supreme pode até surpreender, mas foi bem menos do do que a VF Corp (mesma dona da The North Face) pagou pela marca de James Jebbia em 2020.
Quando a Supreme deixou de ser uma marca independente para fazer parte do comglomerado VF Group, o valor desembolsado foi de 2.1 bilhões de dólares, mas por que será que o grupo italiano de óculos, a Essilorluxottica, arrematou a marca por um valor tão abaixo do investido?
A marca fundada em 1994 e focado no streetwear, foi objeto de desejo de jovens que faziam fila na porta das lojas para terem a oportunidade de comprar uma peça, mas em 2022 já começaram os sinais de que as coisas não iam tão bem. As quedas nas vendas começaram e a Supreme encerrou o ano de 2023 com uma receita de US$ 523,1 milhões, contra US$ 561,5 milhões do ano anterior.
Há algumas explicações plausíveis para essa queda: a expectativa de crescimento muito acima do real para uma marca de nicho ou até mesmo a exaustão do público frente a tantos lançamentos seguidos. Ou quem sabe a falta de interesse do público geral pelas marcas de streetwear.
Segundo Francesco Milleri, presidente da EssilorLuxottica, a Supreme se alinha perfeitamente com a visão e estratégia do grupo. “Com sua identidade de marca única, abordagem comercial totalmente direta e experiência do cliente – um modelo que trabalharemos para preservar – a Supreme terá seu próprio espaço dentro de nosso portfólio de marcas próprias e também complementará nosso portfólio licenciado”.
Vamos aguardar e entender se os próximos passos da Supreme agora comandada pela EssilorLuxottica.
