Brad Bird é um cineasta que tem como uma de suas principais características a inventividade. Diretor da quarta aventura da série Missão Impossível e de dois clássicos da animação moderna, Os Incríveis e Ratatouille, em sua nova produção Bird recrutou como protagonistas os astros George Clooney e Hugh Laurie para contar uma história em que o futuro é a peça chave do roteiro.
Tomorrowland – Um lugar onde nada é impossível, que está em cartaz nos cinemas brasileiros, conta a trajetória de Casey Newton, uma adolescente curiosa que descobre um pequeno objeto que a transporta para um mundo futuro repleto de invenções de perder o fôlego. Para tentar entender um pouco mais o novo mundo, a garota conta com a ajuda de Frank Walker, um homem amargurado que já esteve em Tomorrowland.
Com uma história intrigante e um elenco de peso, na frente e atrás das câmeras, o filme tinha tudo para ser um grande sucesso. Mas, não é exatamente isso que está acontecendo nas bilheterias de todo o mundo. O retorno financeiro da produção está bem aquém do esperando, especialmente por se tratar de um produto dos estúdios Disney.
E esse é, exatamente, o ponto fraco do filme. A história que renderia um debate interessante sobre a possibilidade de um futuro melhor torna-se uma propaganda mercadológica, na qual a América e a própria Disney são retratadas como fontes para a redenção da humanidade.
Como obra de ficção, o filme convence. Quem, entretanto, procura um pouco mais de profundidade no tema e na abordagem, vai se decepcionar.