O metaverso é um assunto que de forma cada vez mais frequente vem ganhando espaço tanto nas estratégias comerciais das empresas quanto na sociedade de maneira geral. Um dos aspectos que mais chamam a atenção deste novo ambiente digital é que um de seus objetivos é possibilitar diversas modalidades de relacionamento entre as pessoas e as marcas sem as limitações das barreiras físicas.
E para democratizar ainda mais os conhecimentos sobre esse tema tão relevante na atualidade, Maya Mattiazzo e Felipe Morais, publicitários e especialistas em estratégias de transformação digital, lançam nesta sexta-feira (18) o livro “Metaverso. O que é, como entrar e por que explorar um universo que já fatura bilhões”. O evento de lançamento acontece na livraria da Vila, no Shopping Morumbi, a partir das 18h.
Conforme destaca Maya, o metaverso é “um dos assuntos que muitas pessoas desejam saber mais, pois acreditam que isso não seja uma moda passageira, mas uma estratégia de negócios para as marcas, olhando o potencial de compra de gerações Z e Alpha, que estão entrando no mercado de trabalho, aumentando seu poder de consumo e já entrando no radar de muitas empresas”.
Confira, a seguir, uma entrevista exclusiva com os autores.
Como surgiu a ideia para escrever o livro?
Quando Mark Zuckerberg comunicou o mercado sobre a mudança do nome do Facebook para Meta. Ali, naquele momento, sentimos que havia espaço para falar sobre o que nos bastidores já estávamos falando. Que era o aumento da preocupação com a imagem digital, a possibilidade de interagir em níveis mais aprofundados por causa da tecnologia. Logo em seguida o Walter Longo fez uma palestra em São Paulo sobre Metaverso e não tivemos dúvida de que era o momento para organizar as ideias e colocá-las em um livro.
De forma objetiva defina para o que é o metaverso?
Metaverso significa ir além. Como? Hoje estamos falando sobre ir além da interação física através da tecnologia. Quanto mais tecnologia temos, mais imersos estamos nesse outro universo. O Zuckerberg fala que o Metaverso é uma “internet incorporada, onde ao invés de visualizar o conteúdo, estamos nele.” Fica cada vez mais difícil de separar nosso “eu digital” do nosso “eu físico”.
Por que as marcas de luxo estão se destacando dentro desse novo ambiente digital?
Porque é um ambiente muito propício para experimentar coisas novas, falar com um público super jovem sem danos maiores para a imagem da marca, pois o próprio ambiente é propício para experimentação. Então, esse canal é ótimo para rejuvenescer a imagem das marcas de luxo, criar colabs com influenciadores de games e construir uma imagem de marca de forma relevante para as novas gerações.
Como as empresas e marcas brasileiras podem atuar no metaverso?
Temos algumas marcas fazendo trabalhos em metatarsos, como o Grupo Boticário, Renner, Ambev.Tem o Alok fazendo um trabalho legal também e contínuo. A forma como cada uma das empresas pode trabalhar e em qual plataforma vai depender muito do produto e do objetivo da ação. O que mais nos preocupamos é em transformar as ações das empresas em ações relevantes, e para isso é preciso entender muito bem o público e o objetivo da plataforma a ser trabalhada. A partir desse ponto de partida as marcas podem fazer experiências com níveis de imersão distintos de acordo com sua própria maturidade.
O livro será lançado na sexta-feira (18). Conte-nos um pouco sobre o que os leitores vão encontrar na obra?
O livro aborda como as marcas poderão ter sucesso dentro do Metaverso, diversos estudos de perfil de público, cases de sucesso no Brasil e no exterior, de pequenas, médias e grandes empresas, as novas profissões, NFTs e Criptomoedas além de uma reflexão sobre o papel da sociedade no futuro com essas novas tecnologias. O metaverso hoje representa o mesmo papel que a Internet no começo dos anos 2000. Era algo novo, que pouca gente sabia, mas quem entrou com pensamento estratégico e visão de longo prazo, colheu os frutos pouco tempo depois. Ao longo do livro trazemos exemplos de como marcas poderão entrar e se beneficiar no Metaverso, mostrando o passo a passo para empresas de moda, educação, agronegócio e conteúdo, alguns dos setores que mais devem crescer nos próximos anos.